O baile de debutantes surgiu em reinos europeus, sobretudo nos locais que hoje conhecemos
como França, Inglaterra, Alemanha e Áustria. As famílias nobres realizavam um
grande baile para a sociedade da época, tendo como objetivo principal mostrar
que sua filha estava se tornando uma mulher. A própria origem da palavra
francesa début significa estréia, início.
Na realidade, a
função do baile também era atrair possíveis pretendentes para a moça. Desta
forma, mostrar que ela já não era mais criança significava dizer aos homens que
ela estava pronta para ser uma boa esposa e mãe. Para aquele estilo de
sociedade, o importante não era o romantismo, e sim a aliança entre famílias
nobres.
Aqui, a festa se tornou
extremamente popular na década de 50 do século XX. E um só dia, várias meninas
eram apresentadas à sociedade, gerando até colunas sociais sobre quem era a
mais bonita, a mais simpática etc. Na década de 80, as meninas passaram a
preferir presentes ou viagens no lugar da festa.
Nos anos 90 e 2000, a
comemoração voltou com força total e reavivaram tradições como a troca do
vestido e as velas. Atualmente, o ritual se inicia com a troca de sapatos pelo
pai, que possui dois significados: informar aos participantes que a moça já
está pronta para dar seus próprios passos e representar a passagem para a vida
adulta (salto alto), também a entrega da boneca preferida para uma menina mais
nova, podendo ser irmã ou alguém conhecido. Continuando o evento, a debutante
coloca um vestido de gala, simbolizando a passagem de menina para mulher. Na
hora da valsa, as 15 velas simbolizam os 15 anos de vida. A mãe acende a vela
da filha, e a debutante apaga ao final da valsa, o apagar de cada vela
significa o fim de uma etapa.